segunda-feira, 15 de julho de 2013

Ai se eu te pego fazendo sucesso no Brasil...

Óculos, RayBan. Charuto, Gloria Cubana. Chapéu, Pralana. Olavo, o idiota de sempre

Vamos ser francos sobre o brasileiro. Tudo bem, eu concordo que o Eike Batista foi um sucesso construído, tão artificial quanto chiclete em prenda de festa infantil. Tudo bem, ele soube usar seus relacionamentos e seu QI (são coisas diferentes!) como ninguém. Tudo bem, ele é o supra sumo master plus da arrogância. Mas sejamos francos: nós a-do-ra-mos o fracasso dos outros. O brasileiro não sente prazer com o sucesso do seu vizinho. Pelo contrário, nós queremos o fracasso alheio para ter um misto de dó e veneno, a pena é nossa esmola. Mas veja o exemplo dos EUA. A cultura do sucesso lá é quase um mantra. Candidato a presidente lá está entre os melhores advogados do mundo, é magnata do petróleo, dono de multinacional e isso não faz dele alguém honesto (ou desonesto) ou competente (ou incompetente). Aqui não, a gente até aceita um candidato que foi ex-camelô, ex-seringueiro, ex-bóia fria que chegou lá (seja lá onde for!). Até torcemos para ele ganhar, mas parece sempre que é para a gente se deliciar quando ele cair depois. Se for rico e tiver sucesso (honestamente), este não aceitamos porque é ofensa pessoal ou pior, alguma coisa (desonesta) ele fez para chegar onde chegou. E isto vale para política, para a cultura, para as finanças, para o carro zerinho do já citado vizinho. As vezes acho que nunca entenderemos uma palavra simples que já se explica por si só: meritocracia. Tá no nosso sangue, mas quem sabe um dia aprendemos. Enquanto isso, vamos ver no que vai dar... Ah, sem trocadilhos, uma segunda de sucesso a todos.


sexta-feira, 5 de julho de 2013

A liga do regime

Caille en sarcophage - Receita do Filme Fête de Babette
http://alquimiadacozinha.blogspot.com.br

Fui visitar um grupo de controle de peso! Sim, do tipo dos vigilantes do peso. Na realidade, já me explicaram logo no começo, eles eram uma dissidência dos famigerados Vigilantes do Peso, pois acreditavam que os métodos deste grupo eram muito conservadores. Os Espartanos do Peso  - acredite, este era o nome! – eram mais radicais. Logo no início da minha primeira sessão já percebi que a turma era da pesada, no bom sentido do termo, ou seja, da barra pesada, do mal. Basta analisar a cordial saudação de nosso palestrante, Viva Esparta!... E todos respondiam em uníssono, Viva Esparta!... E ele emendava outro grito e todos respondiam, Viva Esparta! Eu, já entrosado, confundi e gritei, Viva Zapata!... O silêncio foi sepulcral. Quase morri de vergonha, mas isso já era quase o fim do meu primeiro encontro com o futuro famélico.
Antes da palestra, sempre há uma, a gente ficava em uma salinha, tomando chá de erva cidreira e comendo as unhas porque salgadinho é algo impensável nestes lugares. A gente ficava conversando sobre tudo. Tudo desde que não estivesse relacionado à comida. Quando comecei a passar uma receita de feijão tropeiro que minha mãe tinha aprendido com minha avó, fui repreendido pelo grupo que me ouvia. Um deles discretamente segurou minhas mãos e apontou em silêncio para o alto, no canto da parede, para uma câmara de circuito interno de TV. E disse bem baixinho: cuidado, estão nos ouvindo.  Tocou um sinal e fizemos uma fila...
A fila parecia ordem unida. Uma fila longa que terminava em uma balança. Cada um que subia o enfermeiro dizia e anotava algo, acho que um número. Atrás de mim tinha uma gordinha estranhíssima. Ficava repetindo para si mesma coisas do tipo... Esse não vai dar, coitado deste, xi que esse a balança não aguenta  Na realidade ela estava nervosa. Fui descobrir que toda reunião as pessoas se pesam para ver se alcançaram as metas da semana. Cada um que subia ali recebia uma informação precisa sobre quanto havia perdido de peso ou quanto havia ganhado naquela semana. Pelo que pude perceber, a gordinha atrás de mim nunca havia conseguido atingir suas metas. Eu, então, presenciei um milagre. Quando ela enfim subiu na balança e o enfermeiro gritou, Muito bem, Leidisleine, 100 gramas! Foi uma comoção que só vendo, todo mundo aplaudindo, se abraçando, a gordinha começou a chorar e uma senhorinha que estava ao meu lado observando tudo emocionada sussurrou, Está é uma vencedora! Fiquei até estimulado... E também fiquei lá, pensando quantas fatias de mussarela são 100 gramas.
Depois sentamos todos no auditório, o mestre de cerimônias anunciava os patrocinadores, um spa e duas clínicas de relaxamento, e começou a dizer os nomes dos presentes que alcançaram as metas da semana. Parecia festa de formatura. O divertido é que o apresentador não dizia o peso alcançado, mas uma referência a ele. Por exemplo, se eu perdia 200 gramas ele anunciava, Olavo, um bifinho, parabéns! Todos batiam palmas. Apareceu de tudo, picanha, lasanha,  um copo de suco de laranja, goiabada cascão, figo em calda. A mistureba era tanta que a gente acabava ficando enjoado e, mais importante, sem fome. Se a referência era algo maior, o que significava uma meta difícil que foi cumprida, o auditório vinha abaixo com aplausos, gritos e assobios. Por exemplo, quando o apresentador anunciou pausadamente, Senhoras e senhores, um herói em nosso meio... Pedro dos Santos, uma melancia inteira! Parabéns Pedrinho! Ficou parecendo estádio de futebol. Cheguei a ficar de pé para poder ver o tal Pedro Melancia. O mocinho estava sentado a alguns metros de minha cadeira, magérrimo, branco como talco, parecia um cadáver, ergueu a mão com dificuldade por causa do delirium tremens e ensaiou um sorriso e eu juro que não percebi se ele ainda tinha dentes. Quando tentou se levantar alguém lhe segurou o braço, acho que era a enfermeira dele, e disse algo do tipo, Não, Pedro, dá última vez você caiu, lembra? Realmente, um sucesso!
Por fim, depois da palestra até que muito boa de um nutricionista e corredor queniano com doutorado em Londres, batemos palmas - eles fazem isso direto, dizem que estimula e perde calorias - e fomos saindo. Agora era enfrentar a semana, com as tabelinhas de pontos, anotações e etc e tal. Conheci um senhor lá naquele dia que levava seu iPad a qualquer restaurante ou lanchonete. Tinha seus pontos registrados em gráficos, planilhas, fazia projeções de consumo para a semana, para o mês, para o ano, cardápios alternativos, tudo gravado. Se estivesse comendo e não estivesse com o computador sobre a mesa pode ter certeza seria um milagre. Nós saímos deste meu primeiro encontro até mais leves. 
O que fiz? Um clássico... Mc Donalds! Inebriado pela sensação de dever cumprido, mesmo que apenas espiritualmente mais magro, pedi um saudoso Big Mc, batata frita crocante e coca diet  para a consciência não abrir a matraca. Quando virei com a bandeja para sentar, vi meu amigo do iPad. Na sua frente uma pilha imensa de embalagens e copos retorcidos. Olhou para mim com aquela cara de "meu-Deus-me-flagraram"! Estava segurando um sanduíche enorme, meio mordido, cheio de mostarda e catchup. Seus olhos me imploravam, Você não me viu aqui, certo? Olhei para ele e acenei com um sorriso, fique tranqüilo e Viva Zapata!... Ele respondeu com a boca cheia de pão, Biva Batata!

O que somente os cães sabem: a grande arte

A árvore da vida, da minha vida.
Local: Vera Cruz, SP.
Meu avô por  parte de pai, “seu” Joaquim, um meio coronel de cidadezinha do interior paulista, tinha um cão perdigueiro de nome Nero. Nome dos mais apropriados para cachorro de coronel. A cena era clássica: vovô sentado na varanda, cigarro de fumo de corda e o Nero aos seus pés a prestar-lhe vigia. 
Pois bem, Nero já era um cachorro avançado na idade, mas mantinha o porte de tempos anteriores, fazia até estrepolias inimagináveis para um cão velho, mas sempre com calma, devagar, sem pressa. Nada abalava o Nero. Nem a morte de vovô, nem rojão de festa junina, nem os meus primos mais novos que o adotavam como montaria nas graças de fim de ano. Vovô legou ao seu fiel companheiro uma pelagem vistosa, um quintal grande onde Nero era imperador entre galinhas e árvores frutíferas e uma certa dose de privacidade e paz canina só perturbada quando vovó Chiquita lhe  despejava restos de frango e de almoço, visto que naquela época, ração era coisa da capital e de importados.
Um dia qualquer, o Nero sumiu. E sumir numa cidade de oito mil habitantes, onde todo mundo conhece todo mundo e o cão de todo mundo e, principalmente, o cão do “seu” Joaquim, é, no mínimo, prodígio. Mas sumiu e ninguém mais viu. Mais tarde fui saber que este comportamento é comum em alguns cães. Nero se retirou tranquilamente, foi se recolher para sempre em algum lugar que eu, uma criança de dez, onze anos não sabia ainda direito onde era. Elegante como poucos, soube até o fim como se portar... Tinha classe o perdigueiro, acredite.
Passado tantos anos, olhando homens e cães, aprendi que envelhecer pode ser uma arte. Com os cães sempre é a única opção, a arte. Com os homens, cuidado, não é, mas pode vir a ser. Posto que é irrevogável que, assim seja, bem feita.
Mas grande perdigueiro tinha vovô... E que Deus me conserve!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Quem é este tal de Habeas Corpus?

No te preocupes, baby. Habemus Habeas Corpus!
Fonte:http://fineartamerica.com/featured/scarface-ylli-haruni.html
Deu no jornal. O cara é condenado a 40 anos de prisão, é solto pelo Habeas Corpus e vai passar lua de mel na praia. E se o Habeas Corpus fosse gente ou algo, quem ou o que ele seria? Algumas opções. Um anti-herói. Sim, um herói as avessas. Ele rouba dos pobres para dar aos ricos. Ele ajudaria o Coringa, o Lex Luthor, o Darth Vader, o Charles Manson, o doutor Zero, os monstros invasores do Japão, o Kim Jong-un a destruir o mundo. Talvez ele pudesse ser apenas um traficante latino envolvido com tóxicos que seria lembrado com Al Pacino em uma nova versão de Scarface. Seria algo do tipo "Scarface e Habeas Corpus, um mata e outro esfola". Poderia ser o último imperador Romano, cunhado (não no sentido bíblico) em alguma moeda de ouro roubado pelo Império em suas incursões pela Ásia. Ave Habeas Corpus I! Poderia ser um laranja. Sim, um laranja. Alguém de algum bairro popular que achou a sonoridade do nome bonita e deu para o filho o nome que não sai dos jornais. "Num sei quem é não, é qui eu ouço tanto que dei o nome pro meu minino. Habeas Corpus Firmino Virgulino. Achei lindiu, nome de doutô, mas ele é trabaiadô honesto". Ou algo mais leve, do tipo uma expressão casual. Como em latim o termo significa "que tenhas o seu corpo", uma gordinha ou gordinho ao olhar uma daqueles corpos maquiados no photoshop das revistas poderia usar esta expressão como se fosse uma benção católica da Idade Média, quando as missas eram rezadas em latim. Habeas corpus seria como um bom dia, boa tarde e boa noite, um desejo de emagrecer. Poderia ser também uma maldição ao modelo da revista que tem aquele corpaço, mas aí vai da índole e do amor próprio de cada um. Brincadeiras à parte, na realidade, o Habeas Corpus é um senhor instrumento do Estado de Direito que protege a sociedade dos excessos do poder, mas que quando mal utilizado torna-se um passaporte vip para algum resort na praia às custas da credibilidade deste mesmo Estado de Direito. 

Rocking Brazil!

Senhor dos anéis militando radicalmente depois de um jantar na sede da Fiesp
foto de Marcos Hiller
Ok, ok, ok, quer dizer que ninguém sabe porque estava lá?! Na manifestação ou na festa?! Passe livre ou boca livre!? Direitos humanos ou direito dos animais de estimação!? Its not about 20 cents?! Alienado ou engajado?! Pela liberdade de imprensa?! Fora corruptos?! Morra este, viva aquele?! Pelo Brasil ou por você mesmo ou por ambos?! Quer saber quem vai me dizer o que é tudo isso? É o futuro, é a história, os analistas daqui há alguns anos. O importante é que eu fui, fui no Facebook, fui na Paulista, fui de corpo ou fui de alma, bati foto, postei, compartilhei, curti. No meu caso, fiz tudo isso por uma única causa. Uma única e simples causa. Meu filho vai querer saber o que eu fui fazer lá. Hoje, ainda não, mesmo porque nem papai sabe. Sua preocupação é assistir os Backyardigans. Sua preocupação é me enrolar para comer o prato de feijão. A minha não. A minha preocupação é outra, é o seu futuro, que eu não sei qual é. Por isso - ir lá - pode até não garantir um grande presente para o meu filho ou para os filhos dos filhos. Mas não ir lá, seja como for, com certeza, não garantiria nenhum futuro mesmo. Eu sei, eu sei, tudo isso parece mesmo um festival de rock, um big Rock in Rio, mas é meio rock mesmo, meio roll, mas in all Brazil. Portanto, eu fui, eu estou, eu vou. E se precisar, depois de alguns anos, eu volto.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Manifesto nu e cru

"Os olhos são a janela da alma e o espelho do mundo"
Leonardo Da Vinci
Quanto vale o olho de um repórter que se sustenta pelo olhar? O mesmo preço que 241 beijos que nunca mais serão dados em Santa Maria? Quanto vale a cabeça ensangüentada do soldado que também é pai de três filhos? Então, quanto vale o meu olho e a minha cabeça? Me diz. Quanto vale o beijo diário da sua mãe e do seu pai? Porque se você não sabe quanto tudo isso vale, recolhe tua bandeira, baixa tua voz, trava tua arma, tira teu capacete e volta pra tua casa.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Rico ou mico?

Aposto que você não sabe quem é?!

Entenda de uma vez o que é uma pessoa realmente rica. O rico ou anda de jatinho ou helicóptero ou de metrô, mas aí é na Holanda. Rico não tem molho de chaves porque ou a porta abre sozinha ou nunca fecha. Rico usa celular porque quer, mas não precisa atender. Rico está mais preocupado com o insufilm do seu carro do dia a dia do que com a Ferrari e a Maserati que ele tem na garagem. Rico gasta, não ostenta porque a gente só ostenta quando não teve ainda e quando tem, ainda não tem. Rico respeita dinheiro, guarda e investe porque sabe que se deixar ele vai. Rico tem herdeiro, tem sócio, tem gente que administra seu dinheiro e nem sempre os três são as mesmas pessoas. Rico tem iate, mas faz casamento pra 100 pessoas com tudo do bom e do melhor, mas é só para 100 pessoas. Rico tem amigo íntimo. Rico paga pra não sair em coluna social, paga tudo mais caro se ficarem sabendo que ele é rico, rico paga para não sair de casa. Portanto, se você não tem nada disso das duas uma: ou você é classe média ou classe pobre. Só não seja, por favor, o deselegante sem classe que fica se achando por aí só porque faz happy hour de 60 reais e paga a conta. 
Em tempo: http://glamurama.uol.com.br/jorge-paulo-lemann-vai-doar-metade-de-sua-fortuna-entenda/

Regime da moda

O verdadeiro tubo de ensaio
Depois da dieta da lua, dieta da sopa, dieta de Beverly Hills, segue a dieta do historiador. Muito simples. De segunda a sexta, Esparta. Sábado, Atenas. Mas domingo: Roooooooooooooma!!!

O horror, o horror!

Quem tem medo de andar de velotrol no corredor põe o dedo aqui!
http://designdeinteriores.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html
O que é medo? É entrar no elevador só com o ascensorista, ele te encara em silêncio o tempo todo e, faltando apenas 2 andares para o seu, ele, sem tirar o olho de você, sussurra : tá chegaaaaando...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Como ter sucesso no primeiro encontro (versão para mulheres)


A almôndega é a paixão, mas quem sustenta o amor é o carboidrato. 


O primeiro passo. Você digníssima conheceu um cara legal e vem e vai ele convidou para jantar. Estão se conhecendo, ok. Você topou.

A roupa. O que vestir? Seja discreta. Não é o momento de lantejoulas e brilhos, a não ser que vocês jantem na pista de uma balada ao modelo circense de jantar, ou seja, com os pratos se equilibrando. Seja elegante. No fundo todo homem adora discrição em sua mulher e odeia isso na dos outros. Um homem não percebe um vestidinho preto ligeiramente amassado na manga, mas percebe equipamentos básicos para transformar qualquer pessoa em um farol de xenon chinês. Ah, sim, e não estamos falando de burcas.

O que pedir no restaurante? Induza-o a lhe perguntar isso. Escolha sem medo e retribua com a mesma pergunta. Mas, pelo amor de Deus, homens têm uma incapacidade de tomar decisões corretas. Faça tudo que você não faria na cama: sugira, direcione, não seja franca e muito menos direta, ajude-o e não o deixe errar.

O que falar? Conversem sobre tudo, menos ex-namorados, ex-maridos, o signo dele não interessa e muito menos o ascendente. O signo ele sabe qual é, mas o ascendente pode ser que ele entenda que você está pedindo o isqueiro. Nunca fale de esportes. Corre o risco de ser o único assunto da noite.

Quem paga a conta?! Se for o primeiro encontro, não pague e não se ofereça. Se o sujeito não se dispuser a lhe pagar um primeiro jantar é que não se preparou direito. Pode ser um jantar no A Figueira Rubayat ou uma esfirra aberta no armazém do seô Nicóla, mas ele tem que se preparar! Se ele quiser dividir no primeiro encontro, pague sua parte, sorria amarelo e nunca mais o procure. Agora, nos próximos jantares é legal se oferecer, mesmo que ele continue pagando, porque sinaliza independência sua, maturidade dele, claro, se você quer ser independente e ele é financeiramente maduro. Se não tiver dinheiro avise. Não é pecado ser dura. Mas no primeiro encontro, pobre ou rica, ele que faça o convite de acordo com suas posses. Se ele for legal, vale até pipoca no cineminha. 

Atenção: E se o jantar for caseiro? Na sua casa, só evite surpresas do tipo você tem um poodle toy que vai ficar pulando do sofá para o colo dele várias vezes e dali pela janela (creia, alguns homens jogam!). Se for na casa dele, certifique-se (1) que você não é a cozinheira e (2) que se ele for o cozinheiro ele realmente sabe cozinhar. Nunca se ofereça para fazer um jantar na casa dele (isso quem faz é a mãe dele). Muito menos lavar a louça (isso quem não faz é você!). Na sua casa você joga a louça na pia, tranca a porta da cozinha e depois toca fogo. Na casa dele, se você chegar para jantar e tudo estiver amontoado na pia, deixe lá, jante e não volte mais. Ele vai ser assim se casar com você. Mas, cuidado agora, se após o jantar ele começar a lavar a louça e lhe der um pano seco, não espere enviuvar, mate-o na fonte.

Por fim, ir ou não para a cama? Depende mais de você, do day after seu, não dele. Só lembre-se de uma coisa: orgasmo não é surto. 

A receita final: se perceber química, esqueça todas as receitas e corra para o abraço.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Largou a faculdade?! Calma, um dia todo mundo volta...



Steve Jobs, Universidade de Stanford, EUA, 2005
https://www.youtube.com/watch?v=s9E6XfJPAMM

Eu adoro ser professor. Posso escrever, dar consultoria, ser gestor educacional, mas a atividade que eu gosto mesmo é dar aulas. Nada substitui uma boa turma, um bom tema, um professor que sabe gerir a orquestra. Quando tudo converge para uma aula sublime é dionisíaco. Várias vezes me perguntam sobre o papel do professor hoje (entre nós... acho a pergunta um porre!). Não somos mais o fim e sim o meio. Não quero ser lembrado como aquele professor da pergunta do Fantástico: ô celebridade, fale o nome de um professor que te marcou? Não quero ser este cara. O Google é uma maravilhosa invenção não porque é o Google, mas sim por causa dos lugares onde ele te possibilita ir. Ninguém bate foto do guia turístico que te leva ao Grand Canyon por mais que ele seja comunicativo. Gosto mais quando um colega coordenador me diz que contratou um professor sem saber que foi meu aluno e o cara é bom. É o máximo de vaidade que me permito: formar professores. Qual o papel do professor hoje então? A resposta é simples. Não é papel. É touchscreen.

Sorrisinho da Monalisa


http://www.warhol.org/







Não existe piada ruim contada por um fanho.

O homem perfeito não existe. O que existe é o homem possível.


Filme para entender a alma... masculina. Sim, nós temos alma mesmo que ela dure apenas entre o primeiro e o segundo tempo da final do brasileirão. Filme impecável, atores impecáveis, Marcelo Rubens Paiva escreve impecavelmente, Dira Paes não existe de tão perfeita. Que alegria me dá o cinema nacional!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Homens acima de 40



Por que alguns homens acima dos 40 e com alguns cabelos brancos, se auto proclamam parecidos com o George Clooney (se gostam de terno) ou o Mel Gibson (se não gostam de terno)? Ninguém almeja ser o Sean Connery que depois de pegar tudo que ele queria (e todas!) envelhece com uma razoável dignidade escocesa sem achar que é um highlander imortal.

Saúde ou moooooorte!

Monty Python’s The Meaning of Life (1983)
Como ser rapidamente atendido em hospital público: morra. Mas tem que morrer com atitude. Cair no chão. Derrubar filtro d'água. Urrar antes do coração parar de bater. Político não gosta de morto escandaloso, que aparece em jornal. Se ficar quietinho na sala de espera e bater as botas em silêncio vão achar que você dormiu e aí, meu querido cadáver, só vão te atender quando terminar as senhas e alguém perceber que o dorminhoco que restou não respira. A nova classe média é invenção pra supermercado vender mais bolacha se a economia não sacudir a prateleira. No serviço público a nova classe média continua infelizmente sendo tratada como sempre foi: um bando de pobre honesto e trabalhador que não tem vez e, por sorte, não reclama.

Criatividade e boas ideias: eu não resisto!


"EsCOWdaria" by: @patriciacpadua
Por que adoro dar aula? Maior zum zum zum na sala de aula ninguém fica quieto. Aí eu viro e digo na maior autoridade: "vaca amarela"... Maior respeito... Silêncio total... Quando eu retomo a leitura em voz alta, me vira um aluno lá do fundo apontando pra mim e diz: "cooo-meu, cooo-meu, cooo-meu"... Rolei no chão de rir!!!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Campanha Dia Mundial sem Carne de Boi

blogdavacaecia.blogspot.com
Quero lançar uma campanha muito importante aqui. O Dia Mundial sem Carne de Boi. Faça as contas. Um boi bom para o abate tem 20 arrobas. Cada arroba tem 15 kg. Um boi portanto tem 300 kg. Se eu comer 2 bifes de 300 g em um dia, eu vou matar um boi em 500 dias. Se cada um fizer um dia de jejum de carne de boi com a população brasileira em 196,7 milhões e tirando o Rio Grande do Sul com uma população de 10,7 milhões em um ano serão 186 milhões X 600 g por ano ou seja 372 mil bois salvos só no Brasil. Pense nisso. Eu sei que vai aumentar o consumo de peixe, galinha e porco. Mas eles que façam a campanha deles! 

Personnalité

Sean Penn e Ariel Goldenberg

Você pode ter todos os defeitos do mundo menos um: falta de personalidade. Não há nada pior do que as pessoas não verem diferença entre você e um vaso de xaxim vazio. Prefiro gente com adubo no cérebro desfilando com uma samambaia na cabeça. Mas não confunda personalidade com cair no ridículo. Uma samambaia de néon cintilante nao te faz nada mais do que um moderninho tolo que compra roupa usada em butique barata, mas chama isso de vintage.

Telephones e call center

santaladecasa.blogspot.com.br

Prezado Edson e Prezada Sueli, 
Quero dizer que não aguento mais receber telefonemas de empresas cobrando vocês dois sendo que eu não os conheço. Fiquem tranquilos, pois estou adotando o seguinte procedimento. Quando o call center destas empresas me liga eu apenas aviso que vocês dois morreram. E para ser mais convincente eu começo a chorar miudinho e soluçar depois de dar a notícia. Gravei até um choro de criança (que a gente chama de Júnior ou Suzinha dependendo de quem é cobrado) e que a gente toca ao fundo durante toda a ligação. Em alguns casos ainda falo que o atendente não tem coração, que a alma vai penar no inferno dos credores malditos e por aí vai. Tenho certeza que tal procedimento será uma solução tanto para vocês como para mim e uma contribuição para a relação consumidor-empresadesorganizada.
Atenciosamente, 
Olavo.

Paris


https://irismazingdream.wordpress.com/2013/02/18/photograph-of-robert-doisneau/


Preciso dar um rumo na minha vida... Preferencialmente Paris!


Facebook e gramática

Grito de guerra: viva o ócio!


Declaração de amor. Volta, letra S, volta pro Facebook! Não aguento mais ler posts sem você. Eu sei que ofende ser esquecida no plural, mas é que pra uns você é sempre singular. Os nossos problema, as casa que construímo juntos, os armário que embutimo, os filme que eu assisti sem você. Pensa o lado positivo: se todo mundo te come, pelo menos ninguém te usa. Volta, letra S, volta pra nóis ou nós, do jeito que você quiser. Eu gosto de você assim, curvilínea, mas se quiser faz um perfil fake, se chama de Z, que é teu reflexo sem curvas, mas volta pra mim, mesmo que seja um perfil falzo. Nós te amamos, letra S, nós te queremos!

Sono

I will be back
Sono é aquele negócio profundo, reconfortante, gostoso, pesado, babante, com sonhos legais (até eróticos!) que acontece nos exatos quinze minutos antes do despertador tocar.

Tomates pelo olho da cara

Tomates Verdes Fritos
http://lasrecetasdemisamigas.blogspot.com.br/2011/09/tomates-verdes-fritos.html
Nunca pensei que olharia para o prato da foto e pensaria: simplesmente um luxo! Tenho então 3 luxos: café Nespresso, clube de vinho e tomate no Sandwich (sanduíche não, por favor). Vou guardar meu catchup Heinz em bolsa de sangue pra confundir o ladrão. Assim ele só leva meu Rolex e meu Jaguar. Nova classe média: não foi a classe pobre que subiu, mas sim a antiga classe média que desceu. É que na média, todo mundo fica pobre.

Diretrizes para maquiagem em trânsito literalmente

Elle Magazine/Reprodução
Fonte: ego.globo.com
Depois de muita luta, pressão contrária do lobby da indústria de cosméticos foi enfim promulgada a Lei Cara Fresca. Agora, mulheres, fica proibido se maquiarem enquanto dirigem. Lamento então pois agora quem quiser dirigir já vai ter que sair de casa montada! Enfim podermos ter fluxo continuo de trânsito que ficava parado por causa de uma infestação de executivas e peruas atrasadas para o trabalho ou para seja lá o que for. Já tem taxi especializado em levar as ditas, todos eles equipados com o que há de melhor em make up. Alguns com penteadeira e pancake para as mais idosas. Outros já vem com personal maquiador que inclusive é namorado do taxista, ou seja, o custo já está literalmente embutido. Enfim o espelho retrovisor será usado exatamente para olhar para trás. Tudo em nome da segurança e da liberdade dos poros. E é bom saberem que é infração gravíssima com 7 pontos na carteira, 2 sombras no olho e uma boca sem borrar. Cumpra-se enfim.

Insônia

Dormir como anjinhos
Insônia é quando você tem sono em todos os lugares possíveis e a qualquer hora do dia menos na cama e na hora de dormir.

Vícios XXI

http://www.drewzilla.org/2007/06/
Eita vício! Como largar meu iPhone se tenho tonturas, penso em me matar, sinto convulsões, vejo Dungeons & Dragons subindo pelas paredes?! Alguém por favor me amarra na cama ou me interna longe deste i-crack!!!

Auto ajuda

O verdadeiro auto ajuda

A vida é tão difícil que a gente esquece das coisas simples, leves e corriqueiras do nosso dia a dia. Por exemplo, o ar. Você já respirou seu ar hoje? Claro que já! E quantas pessoas você acha que estão neste momento sem ar e você respirando todo este oxigênio?! Já se perguntou o que você fez para merecer tanto ar? Trabalhou para isso, plantou árvores, não comeu algas no sushi? Ou herdou todo este ar bastando ficar aí de boca aberta e narina escancarada esperando ele entrar e sair? Nada, meu amigo, você não fez nada por merecer! Portanto, meu bon vivant da brisa, você é sim um pri-vi-le-gia-do. Pare de reclamar porque tudo é sempre uma questão de ponto de vista, de nariz e de boca. Tem gente que não tem nem um décimo do ar que você respira e nem por isso fica reclamando da vida... ou da morte... Ora, ora, tenha santa paciência!

O homem coitadinho

M&Ms macho cercado por M&Ms fêmeas
Quero ser tudo na vida, menos "o coitadinho". Homens adoram ser "os coitadinhos". Perdeu o emprego?! Ah, coitadinho. Separou?! Ouh, coitadinho. Já tive minha fase de querer ser "o coitadinho" de tudo. Na realidade eu era um babaca. Sugiro uma campanha pro fim do mundo: mate "o coitadinho" que tem em você.

50 tons de cinza

Fonte: https://www.facebook.com/cinquentatonsdecinzacristhiangrey
A nova classe média. A tiazinha da faxina coando café na copa, mas sem tirar os olhos do livro "50 Tons de Cinza". Aí você entra e pergunta que horas sai o café. Ela para a leitura e fala com aquele olhar de devassa: saio as seis... e quente... o senhor quer o seu café com... chantilly?! Tremei, homens, tremei! 

Café, café, caféééééééé

Meu primeiro capuccino na Nespresso
Eu amo café. Já faz parte do meu folclore pessoal pagar uma rodada de café entre amigos que almoçaram juntos. Sejam eles 2 ou 3 ou até 15. Eu sempre pago o café. O café para mim é antes de tudo um momento social, um elixir, um cachimbo da paz entre membros da mesma tribo. Posso até entender que alguém não beba ou não fume, mas tenho dificuldade em entender o que faz uma pessoa não tomar café. E tem que ser forte, fortíssimo. Sim, o café é polêmico. Volta e meia vaza uma notícia sobre os malefícios do café e logo depois uma outra dos benefícios do café. O café tem personalidade. Não acredito em bebidas que não mancham a roupa. O café mancha os dentes! Posso ficar sem chopp ou vinho, mas rezo ao bom Deus que nenhum médico me proíba um dia de tomar café... Céus, que sono!  

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O primeiro post a gente nunca esquece

Estou fazendo um teste para montar meu blog. Hoje entendo o papel da editoras. É muito difícil fazer uma edição seja lá do que for. Letra, arte final, fotos, layout, etc não é o foco de quem escreve. Mas vamos lá. Um dia eu teria mesmo que começar. Agora entendo porque fiz doutorado.

Darth Vader prestes a ordenhar duas vacas nordestinas